Picos de Europa - O rescaldo da viagem

E agora que já terminaram as crónicas dos dias, vamos lá então ao rescaldo da viagem.

6 pessoas e 4 motos.

8 dias e cerca de 3200 km. Sendo que o dia em que andámos mais, fizemos um total de 740 km e no dia que andámos, apenas 165 km.

Comecemos então pela escolha da data, o normal é as viagens aos picos acontecerem por volta do 10 de Junho, mas como das últimas vezes que tínhamos visto estes relatos havia muita vezes chuva pelo meio, resolvemos ir uma semana mais tarde na esperança de encontrar um clima mais simpático, apesar de se saber que a probabilidade de apanhar chuva ou nevoeiro é de quase 50%, independentemente da altura em que se vá. 

Outro detalhe que tivemos em conta foi o dia da partida, dado que o objectivo era estar em Covadonga a uma segunda feira de modo encontrar menos confusão e menos turistas.

Seguindo para o caminho até aos Picos, as Hoces de Vegacervera acabaram por ser uma agradável surpresa com a sua estrada pelo meio do desfiladeiro. E o mesmo se pode dizer do Parque Natural de Las Ubiñas- La Mesa,  tornando assim este caminho uma boa alternativa à tradicional estrada de León - Riaño,

E agora os Picos da Europa, não há muito a dizer além de que vale cada quilometro percorrido para lá chegar. Um dado curioso é que já fizemos aqui o exercido de dizer o que gostámos mais e não conseguimos chegar a uma conclusão dado que todos os locais têm o seu encanto e se formos a olhar para Covadonga, para Potes, Sotres, Caín de Valdeón, Fuente Dé, ou até para Casielles, todos eles são excelentes e não podem de forma alguma ficar de fora num passeios destes,

Uma das coisas que mais gostamos foi o facto de termos subido aos Lagos de Covadonga ainda de noite e com isto, além do nascer do sol, não encontrámos quase ninguém lá nem pelo caminho, era como se tivessem fechado o parque só para nós,

Mas o passeio não era só Picos! Mais uma vez tentámos juntar várias experiências na mesma volta e assim quando saímos da montanha, San Juan de Gaztlugatxe, Frías de Burgos e Orbaneja del Castillo também comprovaram ter sido umas boas escolhas,

Bilhetes (por pessoa):

Teleférico de Fuente Dé  - 17€

Cueva el Soplao              - 12€

Guggenheim                    - 17€

Nenhum deles foi barato mas cada um representa uma experiência diferente. Em relação ao será que compensa o preço, vai depender daquilo que cada 1 aprecia e gosta. Mas se voltasse a estes locais, não voltaria a fazer estas visitas pagas, uma vez é suficiente.

Como já é normal, os Hotéis foram todos reservados via Booking. Fizemos as reservas cerca de 4 meses antes de modo a evitar que os mais em conta ficassem ocupados.

O hotel da primeira noite foi o mais barato mas claramente o mais fraquinho, o local onde mais gostámos de ficar foi em Ezkurra, não só pelo hotel em si, mas pelo ambiente em redor, e pela simpatia com que fomos recebidos. Não esquecer também o El Molino em Soto de Cangas onde o Sr. esperou que voltássemos dos lagos para o pequeno almoço.

Por outro lado, o Infantado em Potes acabou por se revelar muito caro para o que oferecia e para os nossos objectivos que são apenas descansar e ter um bom pequeno almoço,

No final, já se sabe que muitos quilómetros, implicam muita gasolina, felizmente em España os preços são ligeiramente mais em conta,

Como já é normal, os planeamentos são feitos sempre a esticar ao máximo tentando contemplar tudo o que é possível e depois há coisas que por falta de tempo acabam por ficar para trás, nesta viagem, tivemos de passar o Mirador de la Collada, Santillana del Mar e San Sebastién. Por outro lado, ficam aqui apontados para uma próxima viagem onde se passe por aqueles lados.

Até à próxima 😉